terça-feira, 28 de dezembro de 2010

As Novas Oportunidades


Uma pequena historia contada por uma colega que fez o 12º ano pelas novas oportunidades.

Sou a Maria Augusta, tenho 48 anos e fiz o 12º ano no ano passado nas novas oportunidades. Gostei muito de frequentar as aulas, aprendi a trabalhar com os computadores, principalmente a pesquisar na Internet.
Fazendo a comparação de quando eu era nova e andava na escola a comparação não é possível.
Nos tempos de escola não havia computadores e os professores eram muito mais rigorosos e batiam-nos se não respondesse-mos correcto.
Agora o ensino é melhor e as novas Oportunidades é uma boa opção para quem quer aprender mais e tem pouco tempo para disponibilizar nas aulas já que pode trabalhar em casa.

 Viva o ensino…

 Maria Augusta Rodas.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Educação na Sociedade Africana


Jornal - "MISSÃO JOVEM
Na nossa sociedade, chamada ocidental, moderna e “civilizada”, discute-se muito sobre a educação dos (as) filhos (as).
Parece que, não raras vezes, há uma transferência de responsabilidades, pois é comum as pessoas se perguntarem: “qual é o segmento da sociedade que deve se preocupar com esta missão tão nobre, urgente e importante na vida das crianças e adolescentes?”
Seria a escola? A família? Os meios de comunicação social? A rua? A Igreja? Enfim, tantas perguntas e poucas respostas convincentes.
No entanto, na África, da cultura tradicional e iletrada, esta responsabilidade é da... bem, vamos conferir isso nessa reflexão.
A MULHER E A EDUCAÇÃO
Diz um provérbio africano: “Quem educa uma mulher (menina), educa um povo.” A sociedade africana, apesar de machista (esta é uma herança cultural), delega a responsabilidade da educação dos filhos à mulher. Isso porque a mulher (mãe) convive com as crianças mais tempo do que os homens. Até na hora das refeições, a mãe come em separado com as crianças e o pai fica com os seus filhos adultos ou amigos do outro lado.




 Destacamos também o fato da criança viver os seus primeiros meses de vida “grudado” na mãe. A mãe amarra o filho todo nu nas suas costas, que também estão nuas. Este contacto, no sentido literal do termo, faz com que a mãe transmita para a criança todo o seu ser maternal, como se os fluidos do seu corpo penetrassem directamente na criança.

Outro factor importante é o fato da criança acompanhar a mãe em todos os lugares. É no caminho da roça, quando vai buscar água na bomba, na execução dos trabalhos domésticos, etc. A criança é a companheira fiel da mãe em todas as suas acções durante o dia e, à noite, ainda dorme no chão encostadinha na mãe. Podemos relacionar ainda um outro aspecto que é estritamente cultural: o sistema matriarcal. Esse sistema determina que a herança vem do lado maternal e não do paternal. Logo, a criança é bem-educada e orientada pela sua família do lado maternal.
Na sociedade africana a criança é verdadeiramente a glória da mãe. A mulher será bem estimada pelo seu marido e seus familiares pelo número de filhos que ela colocar no mundo.
A mulher, por este motivo, sempre deseja ter muitos filhos. No entanto, ela evita de dar a luz todos os anos, para não fazer sofrer o último filhinho que ainda está sendo amamentado no peito. Como não existe nenhum método contraceptivo na tradição africana, então o marido evita de ter relações sexuais com a sua mulher durante os oito meses que seguem o parto.
A FAMÍLIA E A EDUCAÇÃO
Na África, o conceito de família é bem diferente do nosso mundo. Para o africano, a família tem uma conotação mais alargada. Os laços de sangue ou de tribo são mais abrangentes do que a própria filiação paterna ou materna. Logo, a responsabilidade na educação das crianças ou adolescentes é de todos os membros da família. É bastante comum ouvir uma criança ou adolescente chamar a tia de mãe, ou o tio de pai. Em relação a todos os adultos existe sempre o respeito e a aceitação da correcção educacional.
A família é a elemento base da estabilidade da sociedade africana, porque tudo o que diz respeito a uma pessoa envolve toda a família. Um rapaz não se casa com uma moça (ou vice-versa), mas ele (ela) se casa com toda a família. Se no futuro houver um problema entre o casal, será também problema de toda a família, que intervirá de todos os lados para ajudá-lo a superar a desavença.
Nesse caso, ninguém dirá que é intromissão ou invasão de privacidade. É justamente o contrário: na hora do julgamento popular, o casal não falará nada e serão os outros membros da família que falarão em seu nome.
Os filhos, educados nesse ambiente, saberão como orientar as suas vidas no futuro, porque terão como ponto de referência a tradição familiar herdada de seus pais, avós e antepassados.
A MÃE E A CRIANÇA                                                         
Nas duas primeiras semanas que seguem ao parto, a criança não pode sair para fora do quarto e nem ver a luz do sol. Isso porque ela ainda é fraquinha e precisa adquirir imunidade física e espiritual para enfrentar o combate contra o espírito do mal e as intempéries do tempo.
Ao término desse período, uma senhora idosa pega a criança e a faz aparecer em público e na luz do sol. Em seguida, coloca a criança deitada debaixo de uma calha. A água escorre e cai sobre a criança, que evidentemente começa a chorar.
Em seguida, um grupo de senhoras sai andando pela aldeia agradecendo a toda a população pela solidariedade no momento do parto. De volta à casa da mãe, dizem à criança: “Você veio a este mundo, não mate o seu pai e nem a sua mãe”. A mãe se rejubila com as outras mulheres pelo filho que foi apresentado aos aldeãos. Todos saúdam a mãe, dizendo: “mo ni ba”, que quer dizer: “Felicitação pelo(a) filho(a) que você colocou no mundo”.
Pe. Toninho Nunes - PIME
Coordenador do COMIDI
Florianópolis-SC
Foi missionário na
Costa do Marfim por 19 anos
http://www.pime.org.br/missaojovem/mjevangincultafricana.htm



sábado, 11 de dezembro de 2010

Missão em Monaquibundo

Esta missão foi feita em Angola, do dia 17 de Agosto  ate 17 de Setembro de 2009, onde participaram um grupo de pessoas do Bunheiro  em regime de voluntariado.





quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A Educação nos dias de hoje


É sem dúvida um desafio, tentar compreender os conceitos, a formação, as convicções, mas sobretudo a educação dos estudantes.
Por vezes, podem até esses alunos adoptar uma atitude que parece inconveniente em certas questões.
No entanto, quando essas acções resultam claramente das fortes convicções que o aluno adquiriu ao longo dos tempos isso só revela que o sistema educativo está no seu auge, que atingiu o limite.
O que eu penso sobre a educação, sobre o estado em que “ela” está é muito subjectivo. Não interessa a ninguém compreender os valores, os sentimentos, as exigências, os resultados, as consciências…
Bem, tudo isso faz parte do dia-a-dia atribulado do aluno, do professor, do assistente operacional, dos pais de todos aqueles que contribuem para a educação e formação dos estudantes.
A maioria dos pais, por exemplo, quer que os seus filhos tirem o máximo proveito da educação escolar.
Por isso, também cabe aos pais ensinar aos filhos a cooperar com os professores.
Por outro lado, naturalmente que os pais por sua vez apreciam quando os professores tratam os filhos com compreensão e respeito.
No mundo inteiro tudo advém de se ter princípios e educação.
É assim que o jovem, o aluno progride, avança e cresce.
A nossa sociedade ainda precisa trabalhar muito em educar e se educar, pois há matérias que precisam de atenção.
Há crianças que passam horas trancadas nos seus quartos, junto a aparelhos electrónicos (T.V; Playstation entre outros) que eu pergunto “Que educação lhes dá?” “Substitui o papel dos pais, dos professores e educadores?”.
É fundamental reflectir nesta questão pois a nível educacional ainda há muito a fazer para criar novas competências, novos horizontes, que embora afastados nos tragam um raio de esperança, de dignidade e poder educacional que se foi desvanecendo ao longo dos tempos.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

"UMA AVENTURA NA DOCÊNCIA"


E…
Paciência a triplicar…
Da Docência à Paciência
Vai a crise de um sistema
Da “discência”à decência
Entre ser e querer ser livre
E o ter tudo e esbanjar…
Há repetir, recomeçar…
Arrancar e ir à frente
E assim sempre atrás voltar!
Há turmas como imagens...
De “felpos” estilhaçados…
Em contexto escolar…
Em que a missão docente…
Entre livros estudados
E cadernos mal riscados,
Não passa no aprender…
E não será só ensinar…
Analisar e dividir…
Redigir e corrigir,
Multiplicar ou traduzir,
E tantos verbos conjugar…!
Programar, planificar…
Ministrar o consenso…
Consultar o processo
Que justifique sucesso!
Minimizar o péssimo…
Que liberte o mínimo!
Apostar no progresso…
Que aponte o óptimo!
Burocratizar o óbvio
Reinventar o remédio…
Que combata o tédio…
Rentabilizar o máximo
Com rosto suficiente…
Para espreitar a saída
De optimizar a pesquisa…
Porque melhor é impossível!
Na ânsia de melhorar…
“Satisfaz” só de pensar!
Sondar o imprevisível…
O saber ler e escrever…
Do saber ser ao estar…!
Falar pouco e muito ouvir…

Argumentar com o agir…
Em serena diligência…
Aproveitar as migalhas…
Dum pão difícil de digerir…
Contornar e engolir…
Ir além e conseguir…
Milagres na frequência?
Rever axiologia…
Tem valor saber esperar!
Esperar com paciência…
Esperar em cada dia…
Esperar a melhoria…
Esperar e acreditar…
Pouco mais para dizer…
Teimosia em paradoxo…
Semear em pedregulhos…
Sem precisar de colher!
Saber esperar por pessoas…
Que ensarilhada tarefa!
E vai a sorte do sistema
Na dose de optimismo,
Com viva pega de caras,
Assumida por docentes
Desbravando um amanhã
E quantas vezes, o Além…
Ou circo ou pedagogia?
Ternura já não resulta?
Em passos perdidos ecoa…
Que outra via seguiria?
Cultivar Sabedoria
Arquitectar e esculpir…
Numa Esperança a florir…
Todo o ser “Terra” boa…
Tenta ver e descobrir…
Insistir e incutir…
Traços de Cidadania!
  Martinho Rebelo Mota