sábado, 11 de dezembro de 2010

Missão em Monaquibundo

Esta missão foi feita em Angola, do dia 17 de Agosto  ate 17 de Setembro de 2009, onde participaram um grupo de pessoas do Bunheiro  em regime de voluntariado.





quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A Educação nos dias de hoje


É sem dúvida um desafio, tentar compreender os conceitos, a formação, as convicções, mas sobretudo a educação dos estudantes.
Por vezes, podem até esses alunos adoptar uma atitude que parece inconveniente em certas questões.
No entanto, quando essas acções resultam claramente das fortes convicções que o aluno adquiriu ao longo dos tempos isso só revela que o sistema educativo está no seu auge, que atingiu o limite.
O que eu penso sobre a educação, sobre o estado em que “ela” está é muito subjectivo. Não interessa a ninguém compreender os valores, os sentimentos, as exigências, os resultados, as consciências…
Bem, tudo isso faz parte do dia-a-dia atribulado do aluno, do professor, do assistente operacional, dos pais de todos aqueles que contribuem para a educação e formação dos estudantes.
A maioria dos pais, por exemplo, quer que os seus filhos tirem o máximo proveito da educação escolar.
Por isso, também cabe aos pais ensinar aos filhos a cooperar com os professores.
Por outro lado, naturalmente que os pais por sua vez apreciam quando os professores tratam os filhos com compreensão e respeito.
No mundo inteiro tudo advém de se ter princípios e educação.
É assim que o jovem, o aluno progride, avança e cresce.
A nossa sociedade ainda precisa trabalhar muito em educar e se educar, pois há matérias que precisam de atenção.
Há crianças que passam horas trancadas nos seus quartos, junto a aparelhos electrónicos (T.V; Playstation entre outros) que eu pergunto “Que educação lhes dá?” “Substitui o papel dos pais, dos professores e educadores?”.
É fundamental reflectir nesta questão pois a nível educacional ainda há muito a fazer para criar novas competências, novos horizontes, que embora afastados nos tragam um raio de esperança, de dignidade e poder educacional que se foi desvanecendo ao longo dos tempos.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

"UMA AVENTURA NA DOCÊNCIA"


E…
Paciência a triplicar…
Da Docência à Paciência
Vai a crise de um sistema
Da “discência”à decência
Entre ser e querer ser livre
E o ter tudo e esbanjar…
Há repetir, recomeçar…
Arrancar e ir à frente
E assim sempre atrás voltar!
Há turmas como imagens...
De “felpos” estilhaçados…
Em contexto escolar…
Em que a missão docente…
Entre livros estudados
E cadernos mal riscados,
Não passa no aprender…
E não será só ensinar…
Analisar e dividir…
Redigir e corrigir,
Multiplicar ou traduzir,
E tantos verbos conjugar…!
Programar, planificar…
Ministrar o consenso…
Consultar o processo
Que justifique sucesso!
Minimizar o péssimo…
Que liberte o mínimo!
Apostar no progresso…
Que aponte o óptimo!
Burocratizar o óbvio
Reinventar o remédio…
Que combata o tédio…
Rentabilizar o máximo
Com rosto suficiente…
Para espreitar a saída
De optimizar a pesquisa…
Porque melhor é impossível!
Na ânsia de melhorar…
“Satisfaz” só de pensar!
Sondar o imprevisível…
O saber ler e escrever…
Do saber ser ao estar…!
Falar pouco e muito ouvir…

Argumentar com o agir…
Em serena diligência…
Aproveitar as migalhas…
Dum pão difícil de digerir…
Contornar e engolir…
Ir além e conseguir…
Milagres na frequência?
Rever axiologia…
Tem valor saber esperar!
Esperar com paciência…
Esperar em cada dia…
Esperar a melhoria…
Esperar e acreditar…
Pouco mais para dizer…
Teimosia em paradoxo…
Semear em pedregulhos…
Sem precisar de colher!
Saber esperar por pessoas…
Que ensarilhada tarefa!
E vai a sorte do sistema
Na dose de optimismo,
Com viva pega de caras,
Assumida por docentes
Desbravando um amanhã
E quantas vezes, o Além…
Ou circo ou pedagogia?
Ternura já não resulta?
Em passos perdidos ecoa…
Que outra via seguiria?
Cultivar Sabedoria
Arquitectar e esculpir…
Numa Esperança a florir…
Todo o ser “Terra” boa…
Tenta ver e descobrir…
Insistir e incutir…
Traços de Cidadania!
  Martinho Rebelo Mota

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A ESCOLA DE ONTEM II


Uma história contada pela senhora Albina Oliveira.

Os meus tempos de escola…

Éramos cinquenta alunos numa sala de aula, divididos entre a segunda e a quarta classe, na escola primária S.Silvestre do Bunheiro, decorria o ano lectivo de 1961-1962.
Há coisas que nos acontecem e que ficam para sempre gravadas na nossa memória, pela profundidade que nos tocam e foi o que aconteceu naquele memorável ano.
Era obrigatório o uso de bata, em que as meninas vestiam de cor branca e os rapazes de cor azul e se sentavam em filas diferentes. Estavam em péssimo estado, pois passavam de irmãos para irmãos assim como os livros de ensino. Os recreios eram igualmente separados e coitado daquele que por acidente fosse parar ao local errado.
A nossa professora era temível D.Margarida Cascais, natural da mesma freguesia e que a sua fama já era conhecida entre os alunos assim como os seu famoso lenço azul. Rezava a história que sempre que a D.Margarida o usava, o dia de aulas ficava para recordação durante os dias seguintes.
Ir para a escola era uma tortura não por ser obrigatória, mas porque sempre havia castigos, pois bastava que um aluno se portasse menos bem que o castigo se estendia a todos. Era como no regime militar!
Ela tornava a vida dos alunos num inferno, tantos eram os castigos que restava pouco tempo para aprender e aqueles que tinham mais dificuldades ficavam retidos sempre no mesmo ano, anos a fio e só dali saíam quando tinham catorze anos qualquer que fosse o ano que frequentasse. Alguns deles saíam apenas coma segunda ou terceira classe concluídas.
Os nossos cadernos diários eram um conjunto de folhas amarrados com um cordel e as nossas canetas eram um pau em que se colocava um bico e que se molhavam nos tinteiros que estavam nas carteiras. Ora, os rapazes sempre mais desastrados sujavam as batas com tinta e como devem imaginar, lá vinha o castigo da professora D.Margarida, mestre nesta arte.
Ora levávamos reguadas na palma da mão, ora nas costas desta, neste último caso as mãos ficavam tão doridas que no dia seguinte quase não podíamos escrever.
Quando um aluno não soubesse a lição, tinha que percorrer as quatro salas de aula com um cartaz pendurado nas costas com um desenho de um burro com duas orelhas muito grandes ou em alternativa um puxão de orelhas até ao chão. Para alguns era uma tarefa habitual, pois além das dificuldades não contavam com o apoio dos pais pois eram analfabetos.
Quando a D.Margarida vinha com o famoso lenço azul, o castigo durava horas a fio e era quase certo que tínhamos que ficar todos de joelhos com as mãos debaixo destes. O pior que é que não haviam auxiliares de limpeza e as salas estavam repletas de areia. No outro dia la vínhamos nos com as mãos cheias de feridas….
Um dia algo inédito aconteceu naquela escola. Um aluno sentiu uma súbita dor de barriga e como a casa de banho dos rapazes estava ocupada, decidiu ir às das raparigas. Como a demora era muita, a professora decidiu ver o que se passava e quando viu que ele estava na casa de banho das raparigas, decidiu aplicar um castigo exemplar.
Durante uma semana aquele aluno teria que se vestir de rapariga. A professora trouxe de casa uma saia preta de tirilene que estava na moda, uma blusa vermelha que já tinha um buraco e um lenço branco. Todos os dias de manhã o aluno tinha que trocar de roupa e assim ficava durante todo o dia de aulas, sentando na fila das raparigas. Como era inverno e não havia aquecimento, ele tilintava de frio com as pernas ao leu e nos pés apenas uns tamancos já gastos pelo tempo.
E assim se acabava mais uma história igual a muitas outras, passadas naquela época.
Albina Oliveira




domingo, 5 de dezembro de 2010

Pitágoras

Julguei importante colocar este texto no meu blogue pela relevância que Pitágoras de Sanos teve e tem na Educação, essencialmente enquanto físico, filósofo e matemático. Conhecida figura na cultura grega, criou uma corrente, chamada pitagorismo e, juntamente com os seus seguidores, descobriram vários fundamentos das ciências físicas e matemáticas, tais como o conceito de que a Terra era redonda e que o sol era o centro do Universo, a descoberta dos números irracionais e do famoso Teorema de Pitágoras.
A ideia de que a Matemática trata de conceitos abstractos, acima da realidade física, a crença em que o mundo físico pode ser estudado através da Matemática e a concepção de Deus como o Grande Arquitecto do Universo são legados pitagóricos que sobrevivem até hoje.
Sendo os seus conceitos e crenças intemporais, considero pertinente debruçarmo-nos sobre esta personalidade e as suas temáticas.

Um pouco de história

Pitágoras de Samos, filósofo e matemático, pensa-se que nasceu na primeira metade do séc. VI a.C., em Samos, uma ilha do mar Egeu, situada muito perto de Mileto, onde viveu Thales. Quando novo, fez longas viagens pelo oriente tendo permanecido alguns anos no Egipto onde frequentou os templos (escolas da época) e ouviu os sacerdotes de Mênfis com quem Pitágoras aprendeu as regras de cálculo.
  
Pitágoras falava com clareza ao expor as suas teorias, traçava figuras e fazia com letras e símbolos estranhos cálculos que os seus patrícios não compreendiam.
Nas suas lições tratava de princípios de moral, de religião e de elementos de Geometria, Aritmética, Astronomia e Música.
O filósofo permaneceu pouco tempo na Grécia porque os chefes políticos temiam que ele, com os recursos da ciência, alcançasse prestígio e autoridade sobre as massas populares.
Pitágoras teve de imigrar e foi para Crotona onde fundou a Escola Pitagórica que passou a ser frequentada por cidadãos de todas as classes. Todos os conhecimentos eram transmitidos oralmente não podendo ser registados, o que originou as muitas dúvidas que ainda hoje existem, quanto à Escola Pitagórica e às descobertas feitas por Pitagórica e às descobertas feitas por Pitágoras e seus discípulos. As ideias divulgadas por Pitágoras eram curiosas.
Assim, para ele havia:
números felizes
números fatídicos
números masculinos (3)
números femininos (2)

1 representava a razão
2 representava a opinião
4 representava a justiça
5 representava o casamento por ser irmão de 2 (1º feminino) somando com o 3 (1º masculino).


Quanto aos Pitagóricos, exaltavam o chamado TEOREMA DE PITÁGORAS que diz:
   



A área do quadrado construído sobre a hipotenusa de um triângulo rectângulo é igual à soma das áreas dos quadrados construídos sobre os catetos.








Os adversários do famoso geómetra tentaram, por todos os meios, denegrir a sua obra e, para isso, recorreram até à caricatura.
 
Apresentamos duas caricaturas, ridículas composições geométricas, nas quais um desenhista procura fazer humorismo em torno do famoso Teorema.





Este teorema tem muita aplicação na prática e foi o único que recebeu a “Flecha do sarcasmo e ironia.”
Como curiosidade, ficas a saber que a matemática Elisha Scott reuniu 357 demonstrações diferentes do Teorema de Pitágoras.
Pode ser encontrado um apanhado histórico das várias demonstrações do Teorema de Pitágoras em E.Fourrey, Curiosités Geométriques, capítulo 2º.


 

 









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Em 1955 a Gracia emitiu um selo para comemorar o 2500.º aniversário de Pitágoras.



Amabília Cruz, M. Emília Vázquez, M. Luísa Pinto “Matemática 8ºAno”, Porto Editora